Novos Duelos
Honore - Dalmier |
Há dez anos atrás estava aprendendo a jogar o milenar jogo de Xadrez, lembro-me como se fosse hoje de quando eu perdia todas as minhas primeiras batalhas, até que resolvi treinar em casa sozinho com um tabuleiro que ganhei de minha mãe. Jogava para o exercito negro e para o exercito branco, e dava o meu máximo para os dois, e assim eu jogava a noite sozinho treinando as novas jogadas que aprendia com os amigos enxadristas de dia. Em pouco tempo já fazia batalhas eletrizantes com todos adversários que enfrentava, e com alguns deles nem eram necessários mais que alguns minutos para chegar a vitória. Lembro-me de quando tinha 15 anos e estava com um tabuleiro na mão na delegacia de Policia Civil em Campo Belo-MG, resolvendo sobre multa do carro do meu pai com ele, e um detetive, passando do meu lado, com uma certa pressa, me disse: "o que um jogo desse está fazendo na mão de criança?"... sem esperar um segundo respondi "quer perder na frente de seus colegas?". Ele mandou eu montar o tabuleiro no alpendre ali mesmo, juntou vários para ver assitir...e a primeira partida...dei-lhe um xeque-mate em 4 lances, o famoso mate pastor...percebi que não era um adversário á altura e lhe ganhei mais uma partida. Todos seus colegas riram dele. Essa foi minha primeira partida fora de minha turma de enxadristas, depois conheci outros tantos por vários lugares que passei...mais de 100...porem...por estes dias encontrei o melhor de todos que já enfrentei, encontrei um adversário que não consigo vencer uma única partida, está em um nível bem acima do meu e de todos que conheci. Só existe uma solução...estudar o xadrez...pela primeira vez sinto a necessidade de ir mais além, pois por mais concentrado que eu esteja, e usando as mais diversas aberturas, até a que eu tenho mais exito e somente uso quando é em adversários mais dificeis, que é o gambito da dama e do rei, não chego nem perto de uma vitória. Vou estudar todos seus lances e comprar um livro indicado por ele mesmo, para em breve conseguir vence-lo, agora é questão de honra.
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